Notícias

Jovem foge no dia do casamento. Cinquenta anos depois, a noiva descobre que tudo fazia parte do plano do pai.

Karl foi forçado a abandonar Jessica no altar, mas ela nunca entendeu por quê. Por décadas, viveu com essa dor não resolvida. Até que, cinquenta anos depois, uma carta chegou — com o nome dele. Apesar do tempo, Jessica nunca o esqueceu. E o que ele escreveu mudou tudo.

“Você vai sair dessa igreja agora e nunca mais voltar. Está me entendendo, rapaz?” disse Hubert Pennington, pai de Jessica, com o olhar ameaçador. Estavam no vestiário masculino atrás da igreja, enquanto Jessica se arrumava do outro lado do corredor.

— Eu não sou um garoto, senhor. Sou um homem, e amo sua filha. Não vou abandoná-la. É o dia do nosso casamento — Karl respondeu, implorando por compreensão.

— Eu nunca aprovei esse namoro e não vou permitir esse casamento. Minha filha não vai se casar com um fracassado que vive de salário em salário — disse Hubert com desdém. — Tenho amigos em altos cargos e conexões perigosas. Posso transformar sua vida num inferno. Se não for embora agora, vou te tirar daqui à força.

— Isso é uma ameaça? — Karl tentou manter a firmeza.

— Não. É uma promessa — Hubert respondeu, empurrando o dedo no peito dele. — Agora desapareça antes que alguém perceba.

Karl ficou em choque. Amava Jessica, mas sabia que o pai dela cumpriria cada palavra. Caminhou nervoso pela sala por alguns minutos até que decidiu fugir. Saiu pelos fundos do Templo Maçônico, em Detroit, e pegou um táxi.

— Para onde, senhor? — perguntou o motorista.

— Para o aeroporto — respondeu Karl. Sabia que precisava sumir. Enquanto o carro se afastava, ele olhou pela janela e pensou: “Espero que um dia ela me perdoe.”

Cinquenta anos depois…

Aos 75 anos, Jessica gostava de sentar na varanda de sua casa no Rosedale Park, com um chá quente e um livro. Observava as crianças correndo e deixava os pensamentos voarem para o passado. Nesse dia, ela pensava em Karl.

Nunca se casara por amor novamente. Lembrava-se daquele dia no Templo Maçônico como se fosse ontem. Karl havia desaparecido e ninguém soube explicar. Ela chorou por horas na escadaria da igreja, enquanto os convidados iam embora. O mais doloroso foi ver o pai satisfeito com o ocorrido.

Cinco anos depois, Hubert a apresentou a Michael Keller, filho de um amigo influente. Eles se casaram, tiveram uma filha, Cynthia, e quando Hubert morreu, Jessica pediu o divórcio. Michael a traía desde o início. Ela mudou-se para Rosedale com a filha, que na época tinha seis anos, e nunca mais quis saber de amor.

Com o tempo, Cynthia cresceu, casou-se também no Templo Maçônico, e deu a Jessica três netos maravilhosos. Ela sentia-se realizada, mas de vez em quando pensava em Karl… e na pergunta que nunca teve resposta: por que ele a abandonou?

Certo dia, enquanto tomava seu chá, ouviu o carteiro:

— Bom dia, Sra. Pennington!

— Ai, que susto! — disse ela, quase derrubando a xícara.

— Desculpe, senhora. Mas olha só — uma carta manuscrita! Raro nos dias de hoje — disse ele, sorrindo e entregando o envelope.

Jessica agradeceu, mas ao ver o nome no remetente — Karl Pittman — sua mão tremeu. Não podia ser. Sentiu-se, de repente, de volta à igreja, chorando nos ombros da mãe.

Ela respirou fundo, abriu o envelope com dedos trêmulos e leu:

Querida Jessica,

Não sei se você ficará feliz em ouvir de mim. Mas depois de todo esse tempo, quero que saiba que não houve um só dia em que não pensei em você. Seu pai me ameaçou no dia do nosso casamento, e eu era jovem, assustado. Não deveria ter escutado, mas escutei. Fugi. Mudei-me para a Califórnia apenas com a roupa do corpo.

Jessica precisou parar a leitura para enxugar as lágrimas. Ela sempre soube, no fundo, que o pai teve algo a ver com aquilo. E também sabia que Karl a amava. Isso não apagava o passado, mas dava paz àquela dor antiga.

Ela voltou à carta:

Nunca me casei. Nunca tive filhos. Você foi o amor da minha vida e eu nunca quis mais ninguém. Espero que esta carta a encontre bem. Deixo aqui meu número de telefone e meu endereço. Se quiser me escrever de volta, ficarei feliz. Não entendo nada de Facebook ou dessas tecnologias modernas. Mas adoraria ouvir de você.

Com carinho,Karl.

Jessica chorou ainda mais, mas logo sorriu. Ela também não sabia usar redes sociais. Levantou-se, entrou em casa e foi direto procurar seu velho papel de carta. Era hora de responder.

Nos meses seguintes, trocaram cartas regularmente. Relembraram a juventude e contaram os detalhes de suas vidas solitárias. Até que um dia, Karl ligou. Conversaram por horas. Um ano depois, ele voltou para Detroit.

O reencontro reacendeu o amor que sempre existiu. Estavam mais velhos, é verdade, mas agora tinham tempo — e o coração — para viver tudo que a vida lhes negou.

Lições desta história:

Se essa história te emocionou, compartilhe com alguém que também acredita que o amor verdadeiro nunca desaparece.