Esposa revela patrimônio milionário de empresário encontrado em buraco em Interlagos

Mistério em Interlagos: Morte de empresário milionário intriga polícia e família

A morte do empresário Adalberto Amarilio dos Santos Junior, de 39 anos, encontrada em circunstâncias suspeitas dentro de uma obra no Autódromo de Interlagos, em São Paulo, tem causado comoção e perplexidade. O caso mistura tragédia, mistério e riqueza, e ainda levanta mais perguntas do que respostas.

Adalberto foi localizado sem vida na terça-feira, 3 de junho, dentro de um buraco com cerca de três metros de profundidade e 80 centímetros de diâmetro, a apenas 200 metros do local onde foi visto pela última vez. Ele participava de um evento que reunia shows e atividades automobilísticas no autódromo, e desapareceu na sexta-feira anterior, 30 de maio, após o show do cantor Matuê.

Últimos momentos: álcool, maconha e despedida repentina

Segundo amigos, Adalberto aparentava estar alterado, após consumir oito copos de cerveja e maconha. Um deles, identificado como Rafael, contou que o empresário se despediu dizendo que daria a volta no autódromo para buscar o carro estacionado.

A esposa, Fernanda Grando Dandalo, estranhou a ausência do marido ainda naquela noite. Ao perceber que ele não retornaria, acionou amigos e, posteriormente, a polícia. Quatro dias depois, o corpo foi encontrado sem calça e sem os tênis — mas com capacete, carteira, celular e chaves ao lado. A cena, marcada pela ausência de sinais visíveis de violência, aumentou o clima de mistério.

Investigação aponta possíveis desmaio ou ação criminosa

A diretora do Departamento de Homicídios da Polícia Civil, delegada Ivalda Aleixo, afirmou que Adalberto teria sido colocado no buraco já desacordado. As autoridades aguardam os laudos do Instituto Médico Legal (IML), incluindo exames toxicológicos, anatomopatológicos e subungueais, que podem indicar uso de substâncias, luta corporal ou causas clínicas.

Apesar de ainda não haver uma linha investigativa conclusiva, a hipótese de homicídio está sob análise, sem descartar a possibilidade de acidente ou outra ocorrência.

Patrimônio milionário e vida sem indícios de ameaça

Adalberto era um empresário de sucesso. Dono de uma ótica em Osasco, ele possuía um patrimônio estimado em milhões, incluindo:

• Uma casa em Aldeia da Serra, avaliada em R$ 2,5 milhões
• Um apartamento em Cotia, usado para locação
• Uma empresa com cerca de R$ 1 milhão em conta bancária
• Veículos de alto padrão: SUV HR-V, uma BMW GS850 e um Volkswagen Virtus

Segundo familiares e amigos próximos, o empresário não enfrentava dívidas, ameaças ou problemas financeiros. O primo, Carlos José Dias Rego, declarou que Adalberto jamais havia desaparecido antes e não demonstrava qualquer comportamento fora do comum.

Paixão pelo automobilismo e a última volta

Apaixonado por velocidade, Adalberto era entusiasta do automobilismo amador e integrava o campeonato Grakar (Grupo de Amigos Kartistas), ocupando o 18º lugar na tabela com 78 pontos. Foi justamente em um desses eventos, sua grande paixão, que ele viveu seus últimos momentos conhecidos.

Dor, mistério e expectativa por respostas

O caso, que envolve uma figura bem-sucedida, um cenário emblemático como o Autódromo de Interlagos, e uma morte sem explicação evidente, desperta grande repercussão pública. A família, abalada, cobra respostas das autoridades enquanto enfrenta o luto. A sociedade acompanha com atenção cada nova revelação de um episódio que, tudo indica, ainda terá desdobramentos importantes nos próximos dias.